The Resemblance - as vezes a cura vem em poucas palavras, até mesmo no silêncio.
- Janaina Pereira
- 16 de jun.
- 1 min de leitura

Escrito e dirigido por Derek Ngvyen, este curta de 15 minutos emociona na sua simplicidade de algo muito complexo, intenso, particular. Lidar com o luto é uma batalha que perdemos quase sempre, passamos por todas as suas fases, negação, raiva, barganha, depressão, e a aceitação nem sempre vem da forma como achamos, e pessoalmente acho que ninguém aceita perder quem ama, o tempo nos obriga a continuar, e vamos nos redescobrindo nessa dor.
O casal David (François Chau) e Lan (Sumalee Montano) perderam o filho único Daniel (Tom Dang) há 2 anos, e neste momento eles decidem procurar uma agência especializada em contratar atores/atrizes idênticos a entes queridos falecidos, para possibilitar um “último encontro”. David e Lan preparam um jantar para que o ator que irá interpretar Daniel, entretanto neste momento o curta pode ser interpretado como sonho, desejo, alucinação, pois além de uma semelhança absurda com Daniel, os trejeitos, e até algumas dores que só essa família tinha conhecimento veem à tona numa forma de libertar esses pais dessa dor tão constante.
Sabemos exatamente como estava a relação desses pais com o filho, as circunstâncias da sua morte, e em poucas palavras, até mesmo no silêncio essa família achou o seu conforto, eles puderam ter esse pequeno momento que irá definir o andamento desse luto, que não irá passar, mas que por esse momento pode trazer mais acolhimento para essa família.
Nota: Muito bom.
Onde Assistir: Netflix
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