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O Domo de Vidro -minissérie sueca, tem um potencial, mas não se compromete em dar explicações, e com um desfecho amargo demais

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 9 de mai.
  • 2 min de leitura


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Eu comecei a ver O Domo de Vidro pelo trailer bem instigante, e por ter apenas 6 episódios, a minissérie me pareceu uma produção que não iria me entediar. A trama sueca irá contar a história da criminologista Lejla (Léonie Vincent), que tem como especialidade assassinos/sequestradores de crianças, já que na sua infância ela foi sequestrada e mantida dentro de um domo de vidro por meses até que conseguiu fugir, mas seu sequestrador nunca foi identificado.


Todo esse trauma que Lejla carrega sobre o sequestro, juntamente com a descoberta de que sua mãe faleceu enquanto ela estava sequestrada marcam sua vida para sempre. Nesta situação o delegado responsável pelo caso, Valter (Johan Hedenberg) e sua esposa acabam adotando Lejla. Anos depois Lejla mora nos EUA e tornou-se criminologista com especialidade em sequestradores de crianças, até que Valter liga e diz que sua mãe adotiva faleceu, sendo assim Lejla retorna a sua cidade da infância. E alguns dias depois do enterro de sua mãe, Lejla vai até a casa de uma amiga de infância e a encontra morta, e a filha dela, Alicia sumiu.


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De repente todos os traumas que Lejla carrega começam a aparecer, o desaparecimento de Alicia tem muitos pontos iguais ao seu, a polícia tenta algumas linhas de investigação, mas nada parece surtir efeito, e quando o nome Ecki – o mesmo que o sequestrador de Lejla usava reaparece, é o sinal vital de que estamos diante do mesmo psicopata. No quesito suspense e reviravolta O Domo de Vidro faz um excelente trabalho, mas alguns temas que eles abordam como a mina da cidade, o grupo neonazista, a obsessão de alguém pelo caso Lejla são literalmente jogados sem explicação, eles introduzem esses temas, mas fica nítido que é só uma cortina de fumaça para enrolar o espectador, não há lógica nesses assuntos, é só para aumentar tempo de cena.


Quando o sequestrador é revelado tomamos um choque e tanto, mas isso agrega mais trauma a nossa protagonista, e como a explicação para os sequestros são rasas ficamos sem compreender, eles até tentam fazer conexões com o passado, mas tudo fica beirando o amadorismo. O Domo de Vidro é um suspense que entrega uma reviravolta inesperada, mas como uma narrativa muito insuficiente, o final é muito triste, amargo, traumático, parece que o caminho que Lejla percorreu para ter a mínima compreensão sobre o que sofreu não vale mais de nada, a personagem dá vários passos para trás, e de certa forma acompanhamos ela nessa desilusão.



Nota: Poderia ser tão, tão melhor

Onde Assistir: Netflix

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