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Depois da Cabana - muito hype, pouca entrega

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 27 de set. de 2023
  • 3 min de leitura

Comecei a assistir a minissérie Depois da Cabana instigada por ter visto tanta gente falando bem, ela já estava na minha lista, mesmo achando o trailer um pouco confuso, mas a premissa básica era intrigante. Depois da Cabana é uma trama alemã, inspirada no romance Dear Child (sem tradução no Brasil), best-seller da escritora Romy Hausmann, e irá narrar a fuga de uma mulher de um cativeiro, e como isso está interligado com um desaparecimento que ocorreu há 13 anos. Lenna (Kim Riedle) está nesse cativeiro com seus 2 filhos Hannah (Naila Schuberth), e Jonathan (Sammy Schrein), e seu sequestrador mantém todos ali com regras metódicas, e até assustadoras. Quando Lena consegue fugir ela é atropelada na estrada, e quando o resgaste chega sua filha Hannah também está lá e as duas são levadas para o hospital.



Hannah (Naila Schuberth)

Só que enquanto as duas estão lá começa uma corrida para desvendar os mistérios que cercam mãe e filha, e principalmente quem é a pessoa que as mantiveram por tanto tempo presas. O primeiro episódio é na minha opinião o mais confuso, são muitas informações jogadas e que não fazem qualquer sentido naquele momento, mas logo de cara eu peguei um pouco de aversão a Hannah, porque mesmo sendo uma criança esperta, ela começa a fazer algumas coisas que já te deixam desconfiada sobre os motivos que ela age assim. Como gosto muito deste tipo de produção envolvendo mistérios e suspense, digamos que estou calejada em supor algumas coisas, portanto logo no segundo episódio eu já estava bem convencida de qual rumo a trama iria tomar, e desta vez não estava errada, o primeiro grande mistério de Depois da Cabana é fácil de desvendar, e isso me gerou uma certa canseira do desenrolar da história.




Jonathan (Sammy Schrein)

Entretanto depois do 3° episódio eu fiquei muito entediada, e extremamente incomodada com as cenas que envolvem Jonathan, o irmão mais novo de Hannah que na fuga de sua mãe e irmã passa um tempo sozinho no cativeiro, esse menino é tão traumatizado que dói na gente ver sabe, diferentemente da irmã que parece muito fria, ele tem um sofrimento estampado no olhar que mexe com você. Ao decorrer da minissérie os dois acabam se encontrando, e quando vemos algumas situações cruéis que Hannah faz com ele, eu simplesmente tive que parar um pouco de assistir, mas claro isso é mérito desses dois atores mirins que conseguiram transmitir exatamente o que esses personagens são.




Infelizmente todo o burburinho causado que é uma produção incrível, eu não achei tanto assim, é uma história boa, mas com nada que já não tenhamos visto em outras séries, livros. Fui surpreendida com o desfecho de quem é o sequestrador, mas a partir disso são despejados mais clichês. Um ponto excelente é a direção nos 2 primeiros episódios, o jeito como a câmera vai mostrando os lugares, as escolhas de ângulos é o que dá peso no suspense criado. Tanto no cativeiro como no hospital, o sentimento de que algo muito estranho paira sobre aquelas pessoas é reforçado na forma como isso é nos mostrado, e a trilha sonora também é algo que me chamou atenção.


Depois da Cabana é uma boa minissérie, mas se voce já assistiu muito suspense psicológico acho que irá desvendar alguns mistérios antes do desfecho, e isso pode te deixar mais entediado, e se prepare emocionalmente com as cenas do Jonhathan, todas as cenas que envolvem ele dentro e fora do cativeiro são doídas de ver, porque mesmo depois de passar por várias situações a impressão é que ele continua sendo negligenciado pelas pessoas que dizem que irão cuidar dele, há um favoritismo descabido por Hannah que não se explica, e isso para mim foi o que mais pesou para achar a produção cansativa.



Nota: Boa, mas um tanto previsível e cansativo.

Onde Assistir: Netflix

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