Wicked Parte 2 - Que filme lindo e memorável
- Janaina Pereira
- 24 de nov.
- 3 min de leitura

Minha saga com Wicked começou em 2024 quando um amigo (valeu Denis!), me levou para assistir a parte 1, e sua única recomendação foi eu assistir O Mágico de Oz de 1939 um dia antes. Assim o fiz, e sai daquela sala de cinema encantada e seduzida pela força de Elphaba (Cynthia Erivo), o carisma de Glinda (Ariana Grande), e sem nem acreditar que depois de vê-la desafiando a gravidade eu teria que esperar mais um ano pelo desfecho.
Enquanto novembro de 2025 estava distante eu fugi de todo e qualquer spoiler, e foquei em descobrir a história completa no musical em maio, fiquei impactada com a história final, e encantada com o trabalho impecável que o Brasil faz na sua adaptação do musical, o encanto foi tanto que ainda voltei mais 3x para rever o musical.
E sabe aquele novembro que estava distante? Ele chegou como num passe de mágica, e no último dia 19 eu tive o prazer de ver Wicked parte 2. A cena que abre o filme é uma sequência maravilhosa de ação, vemos Elphaba mais que poderosa, ela está focada em que todos saibam a verdade sobre o Mágico (Jeff Goldblum). Na Cidade das Esmeraldas Glinda exerce com maestria sua função de entreter o povo com sua bondade, Fiyero (Jonathan Bailey) também tem seu papel a cumprir, mas sua desconfiança em relação a tudo em Oz está mais evidente.

O momento em que vemos como está Nessa (Marissa Bode) e Boq (Ethan Slater) foi minha grande ressalva na história, eles não conseguiram desenvolver a “maldade” na Nessa, achei tudo muito apressado, e o desfecho deste núcleo foi o que menos gostei em todo o filme.
Madame Morible (Michelle Yeoh) está menos relevante neste segundo filme, mesmo conspirando para espalhar que tudo de ruim que acontece em Oz é culpa da Elphaba, a personagem perde um pouco da sua força, e até no momento mais descontraído dela no filme eu achei forçado demais.
Jeff Goldblum é o melhor Mágico que poderíamos ter, seu carisma é inigualável, e todo o charlatanismo que o personagem pede ele entrega com charme irresistível, por mais que suas ações sejam questionáveis, você também se encanta com sua Ozidade. As novas músicas apresentam qualidade, porém The Girl in the Bubble, interpretada por Glinda, destaca-se ao aprofundar o desenvolvimento da personagem até aquele momento. Por outro lado, No Place Like Home, de Elphaba, tem seu foco direcionado a Oz, resultando em uma experiência menos envolvente; sua introdução pareceu antecipada, e eu esperava que a música valorizasse mais os vocais de Cynthia.

Agora uma coisa é certa a parte 2 é da Glinda – Ariana entregou uma atuação cheia de nuances, um drama com um desfecho comovente, é impressionante como num olhar ela consegue nos passar tantos sentimentos, e ao voltarmos ao seu passado entendemos que muitos sentimentos conflitantes sempre estiveram ali. Elphaba tem bons momentos, principalmente nos vocais arrebatadores de No Good Deed, e em As Long As You’re Mine, este último com Jonathan Bailey cantando lindamente.
Mas o ápice do filme está em For Good – além da interpretação surreal, aqui vemos Cynthia e Ariana trocando, sentindo, vivendo o apogeu dessa história, e é daqui para a frente que acho que Jon M. Chu adicionou emoção à obra ao mesmo tempo em que respeitou tudo que veio antes. Wicked parte 2 fecha com beleza e emoção toda essa história, e torna-se memorável pelos talentos de todos os envolvidos, a emoção que vemos naquele final pertence a eles, chega até nós, e vai culminar para quem vier descobrir que todo bem tem seu preço, e que amizades verdadeiras são transformadoras.
Nota: Excelente, uma obra que foi elevada.
Onde Assistir: Nos Cinemas






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