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O Agente Noturno 1° temporada - quando o mais do mesmo fica interessante

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 22 de jan.
  • 3 min de leitura



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E eu que sempre fujo de produções com a temática de conspirações governamentais, me vi finalizando O Agente Noturno em 2 dias!! Mais uma vez naquele momento que você fica apenas vendo tudo que os streamings têm, eu assisti ao trailer de O Agente Noturno, e confesso que achei que a narrativa era mais do mesmo, mas resolvi ver o primeiro episódio porque estava muito interessada no protagonista Peter (Gabriel Basso), ele me lembrou no trailer o Jack Bauer (Kiefer Sutherland) em 24 horas, que eu até cheguei a assistir alguns episódios, mas depois me deixou bem entediada.


A história é baseada no livro homônimo de Mattew Quirk, e iremos acompanhamos Peter Sutherland, que é um agente de baixo escalão, mas quando impede um ataque no metrô ele é convidado por Diane Farr (Hong Chau), chefe de gabinete presidencial, para trabalhar no porão da Casa Branca monitorando uma linha telefônica de emergência. E numa noite esse telefone toca, e quem está ligando é Rose (Luciane Buchanan), uma jovem que estava com os tios na casa deles, mas o local foi invadido por pessoas que estão ali para matá-los, e mesmo conseguindo fugir e ligar para Peter pedindo ajuda, Rose percebe que seus tios tinham uma vida rodeada de segredos sobre o que de fato faziam. E essa ligação irá iniciar diversos acontecimentos que colocam em risco a nação, e principalmente a vida de Rose e Peter.


Nesse primeiro episódio eu já estava entediada, mas um acontecimento que acontece nos últimos 3 minutos finais, me fizeram continuar, e depois que você passa essa sensação de mais do mesmo do início, é difícil não querer desvendar os mistérios com Peter e Rose.

Claro que a base narrativa é como em todas as produções deste gênero, mas o diferencial de O Agente Noturno para mim é como eles fazem até o clichê ficar mais interessante, o elenco, a direção, você realmente fica intrigado, vidrado em algumas cenas, e os personagens são bem interessantes e bem desenvolvidos. Uma opção que achei fundamental para mostrar as camadas desses personagens, é que no começo de cada episódio voltamos no tempo para entendermos motivações, dramas, suspeitas de cada núcleo, e isso vai te deixando mais instigado para descobrir o que está acontecendo, quem está por trás de tudo.


Hong Chau (Diane Farr)
Hong Chau (Diane Farr)

A escolha de Gabriel Basso como protagonista é um grande acerto, ele é interessante, tem um ar de carência que para o personagem agrega um charme a mais, e o ar sisudo que Peter exala é muito mérito de Gabriel, e claro, nas cenas de ação (que no caso deles são muitas), ele foi bem treinado e executou com muita maestria nesses momentos. Gosto também da Hong Chau como Diane Farr, desde que ela aparece ficamos intrigados, e até fascinados com essa figura, Chau usou peruca durante a série, e acredito que essa decisão foi para compor essa mulher de muito poder naquele local, mas acho que eles não imaginavam que o talento de Chau fosse além, eu realmente ficava em dúvida sobre Farr porque ela te convence com muita facilidade, e ela exerce o poder dentro daquele círculo político como poucos, e o jeito incisivo dela é importante para compor o quão leal Peter é.


Luciane Buchanan (Rose) e Gabriel Basso (Peter)
Luciane Buchanan (Rose) e Gabriel Basso (Peter)

Luciane Buchanan divide o protagonismo com Gabriel, em muitos momentos tem um destaque maior, Rose é inteligente, sagaz, mas quando precisa ela parte para ação também, e não há nada treinado, ela age como qualquer um para tentar se manter viva, é meus caros a “mocinha” da série dá conta de muita coisa sozinha, e que bom que a narrativa deixou esses momentos para ela brilhar. Gosto muito da atuação de Fola Evans-Akingbola que interpreta a agente do Serviço Secreto Chelsea, não posso falar muito da personagem para não dar spoiler, mas acho que ela em cena com Peter é um ganho e tanto, os dois personagens tem motivações idênticas, e prezam muito pelo que é correto, uma pena que eles tenham pouco momentos juntos na série.


O agente noturno é uma série para quem gosta de espionagem, conspiração, mas irá agradar muito quem é fã de cenas de ação bem realizadas, e que mostram uma luta mais real, porque o mocinho mesmo se sobressaindo, não sai nem um pouco ileso, e levanta questionamentos importantes sobre o patriotismo americano, e até que ponto ele é pela nação, ou apenas para benefício próprio. Nesta quinta-feira (23.01.25) temos a estreia da segunda temporada, mas também com aquele desfecho, era óbvio que teríamos mais, uma expansão dos agentes noturnos, suas inúmeras investigações, e sinceramente espero que todos consigam manter o nível da série, mas que saibam parar no momento certo para não criarmos mais uma produção entediante de conspiração.



Nota: É muita boa com um tema bem recorrente.

Onde Assistir: Netflix

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