Paradise - o retorno grandioso de Dan Fogelman
- Janaina Pereira
- 14 de mar.
- 3 min de leitura

Paradise me chamou atenção puramente por ter Sterling, K. Brown como protagonista, eu como boa divulgadora da palavra de This Is Us sempre serei rendida ao Randall. Dessa forma eu comecei a assistir a série sem qualquer conhecimento prévio do que se tratava, quando decidi começar vi o trailer e entendi que se tratava de um thriller politico, já que Xavier Collins (Sterling), é o agente de segurança de maior confiança do presidente dos EUA Cal Bradford (James Marsden), só num dia aparentemente comum o agente Collins encontra o presidente assassinado dentro de casa, e a partir desse momento muitas suspeitas vão recair sobre Collins, já que ele foi o último a ver o presidente com vida.

Como muitas obras de conspiração, suspense político sempre recai com essa temática focada no presidente, seus agentes mais próximos eu achei que tudo aqui iria pelo mesmo caminho, mas quando vi que a série é do Dan Fogelman (mesmo criador de This Is Us), eu fiquei muito desconfiada, e quando estamos finalizando o primeiro episódio eu posso garantir que temos a mesma surpresa que tivemos com This Is Us, lá no seu início, a trama está envolvida em um mistério tão maior e mais dramático, que eu realmente não esperava. E essa reviravolta vai dar o tom para tudo que ainda está por vir, Paradise consegue extremamente atual, porque todos seus temas principais estão próximos da nossa sociedade, até mesmo a grande revelação é algo que está em voga no mundo, e que definitivamente traz o gênero ficção científica para Paradise.

Quero destacar a personagem Sinatra (Julianne Nicholson), que é uma mulher extremamente poderosa, e que não mede esforços para que este poder conquistado continue apesar de tudo. A interpretação de Julianne é algo fabuloso, eu a conhecia de outra série dramática Mare of Easttown (HBO), que ela contracena muito com Kate Winslet, e dá um show, e de Outsider (HBO) série de terror baseada no livro homônimo de Stephen King. Em Paradise ela está gigante, você vai amar não gostar dela, ao mesmo tempo em que consegue se emocionar com algumas situações que ela vive, e lembrando que tudo tem a assinatura principal de Dan que é de forma inteligente, e muito emocional voltar num passado mais recente, ou muito distante, e fazer conexões que irão te surpreender demais, e isso comigo aconteceu muito no penúltimo episodio da série. Você vê algo aleatoriamente no início deste episódio, e no final há a ligação, e no meu caso a única reação foram lágrimas e choque.
Sterling é um grande ator de drama, e aqui mais uma vez ele está gigante, muitas camadas de Xavier foram vistas, e a forma como ele se relaciona com seus filhos, amigos, faz você começar a torcer por este homem que já perdeu muito, mas seu caráter continua inabalável, e que quer ir atrás da verdade por tudo e todos. Paradise promete ser a grande sensação dessa leva de novas séries, eu acho que temos 7 episódios fabulosos, mas uma season finale um tanto morna se comparada ao que estava sendo entregue, principalmente depois de vermos a marca registrada de Dan sendo usada de forma tão magnífica no penúltimo episódio.
E mesmo diante de um final morno, com uma cena que para mim foi clichê, temos sim uma grande trama, personagens complexos, dúbios, um protagonista que nos conquista, e uma realidade que chega até a assustar por estar logo ali, Paradise merece ser assistida, e que venha logo 2026 para termos a 2° temporada.
Nota: Não prometeu nada, entregou muito, e ficamos entusiasmados.
Onde Assistir: Disney+






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