Wicked - voei alto assistindo essa belezura, para além da gravidade
- Janaina Pereira
- 19 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

Eu sou a pessoa que não fazia qualquer ideia do que se tratava Wicked, eu sabia do musical que ficou um tempo em SP e fez o maior sucesso, sabia que tinha ligação com O Mágico de Oz, mas nunca tinha se quer ouvido as músicas. Graças a um amigo muito querido, @denesfernando gratidão eterna, que comprou o ingresso, e pediu apenas 2 coisas: veja O Mágico de Oz antes, e tente não pegar qualquer spoiler do filme antes, e assim eu fiz.
Numa quinta a tarde junto com a minha filha assisti pela primeira vez O Mágico de Oz, de 1939, e que filme mais atual e bonito, eu fiquei encantada com toda a narrativa, o espantalho, o homem de lata e o leão, e a Dorothy é uma menina sonhadora, mas desde o início eu fiquei duvidosa sobre a bruxa má do Oeste, será que ela era mesmo a vilã que todos estavam dizendo? E parece que eu estava prevendo o que Wicked iria me contar não é mesmo, não que ela não seja uma bruxa e possa ter feito coisas ruins, mas quase sempre quando vemos uma maioria se levantar contra o outro com muita convicção, apenas desconfie.

Sentei-me naquela cadeira e realmente fique encantada por este mundo de Wicked, que resumidamente irá nos contar sobre a juventude das bruxas má e boa do Oeste, antes de elas terem esse nome, é claro. Vamos conhecer Elphaba (Cynthia Erivo) que por ter nascido verde sofre com o preconceito que Oz, e até de sua família, e por outro lado temos Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular, mimada, e que todos estão dispostos a agradar e servir. A vida das duas se conectam quando elas passam a estudar na Universidade de Shiz.
Meu primeiro momento de encantamento é quando Elphaba canta “O Mágico e eu” a voz de Cynthia é hipnotizante, e neste momento você também está encantado com a história da infância de Elphaba e tudo que ela sofreu apenas por ser diferente.

Glinda foi feita para ser interpretada por Ariana Grande, a forma como ela fala, tom de voz, os trejeitos mesmo te causam um distanciamento inicial da personagem, já que ela é a típica menina mimada, confesso que chamei- a de fascista numa cena do início rs! Entretanto a narrativa vai criando situações que conectam as duas de um jeito muito natural, e por ser um musical também tudo vai te envolvendo. Wicked tem quase 3 horas de duração, e pasmem isso é apenas a primeira parte da história, mas enquanto assiste você literalmente não sente o tempo, os personagens, os lugares tão incríveis, a fantasia envolvida, a parte política muito intensa em Oz, as músicas, tudo vai te prendendo e pelo menos em 2 momentos não tem como segurar as lágrimas.
Assistir Wicked vai além de desafiar a gravidade com essas duas mulheres que se conectam apesar das diferenças, é uma narrativa de fantasia, mas que te dá esperança, te faz questionar sistemas da sociedade, mas enche seus olhos com a beleza do lugar e das pessoas, as músicas com letras fortes e emocionantes te faz perder o ar, e a única reação que tive ao final do filme foi dizer: “ahhhh não, acabou agora??? “, que venha o dia 21 de novembro de 2025, te espero ansiosamente Wicked: For Good.
Nota: Excelente, apaixonante, revigorante.
Onde Assistir: Nos Cinemas






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